Desenhar e escrever para Histórias em Quadrinhos requer estudo, prática e disciplina, como quase tudo na vida. Entretanto, é inegável que o verdadeiro artista inicia cedo e tem em si um talento pronto a ser trabalhado. É uma atividade que requer também dedicação exclusiva e não é nada fácil construir uma carreira sólida e estável como quadrinhista. Logo, é compreensível que alguns mantenham-se como leitores e colecionadores, enquanto seguem caminhos diferentes. Ou não. É fato que as Histórias em Quadrinhos impressionam a todos os tipos de públicos e, com seus recursos únicos de linguagem, possam facilmente se tornar objeto de pesquisa de alguém que, mesmo não sendo um desenhista ou roteirista, queira fazer algo além de cultivar o saudável hábito da leitura de quadrinhos. Esse "algo" está representado hoje por uma crescente bibliografia que tratam as HQs como ferramentas educativas, sociológicas, comunicacionais e mais outras áreas da pesquisa científica. São alunos, professores e profissionais que se envolvem com os quadrinhos, sem a obrigação de produzi-los para conhecê-los. Estudar HQs é também envolver-se com o lado teórico, buscado aproximar conhecimentos que correspondam, interpretem, justifiquem, enfim, dialoguem, com o que está escrito e desenhado nas milhares de páginas de quadrinhos já produzidas no mundo. Aqueles que buscam pesquisar as HQs estão mais do que envolvidos com a nona arte, pois, afinal, a pesquisa é a base para a evolução do conhecimento. O que as HQs são e o que irão se tornar, certamente é uma história também escrita por um tipo diferente de fã de quadrinhos: o pesquisador.
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